SEM DESTINO
Fico caminhando os quatro cantos
Sem saber onde chegar
Fico percorrendo os quatro ventos
Quanto ao tempo, tanto faz
Ares parasitas passeiam na esquina,
Fontes coloridas desembocam no riacho
A água enche, entorna, vira tempestade
Pairo com o gosto da chuva
Ando de um lado pro outro,
As peripécias de um destino
São insignificantes no corredor
Paro, reparo, reinterpreto
Fico caminhando os quatro cantos...
Sem saber onde chegar.
__
Extraído do livro: SURTO POLIGRÂMICO, disponível para download na seção e-livros.