"...E o infinito se detém em mim."
Fala comigo, céu!
fala comigo, céu
céu que habita
os reinos mais remotos
céu que habita
os reinos mais remotos
de meu frágil voo
e solitário despertar
e solitário despertar
fala comigo, céu
desnuda-me por entre
as grades cotidianas,
as grades cotidianas,
tenho os pés descalços
e as mãos receptivas...
e as mãos receptivas...
fala comigo, céu
da loucura que suspira
a fuga do pássaro-tempo,
a fuga do pássaro-tempo,
da procura de sentido,
da ânsia, do lamento...
da ânsia, do lamento...
fala comigo, céu
das estrelas que cintilam
na planura de meu ser,
na planura de meu ser,
guardam o rumo
dos meus passos,
adormeço sem saber.
dos meus passos,
adormeço sem saber.