SEXTA HORA
No olho do furacão
as tuas mãos, nuas, cansadas
ainda resenham a vida
em óleo santificado, em ocre e em sangue.
O tempo triunfante - ri das tuas inquietantes dores
mas não te absolve das intemperanças,
das inquietudes
dos soluços da tua alma - infinitamente bela!
E quão bela é a tua alma;
que nem mesmo a língua do sol lambendo o teu sal
esculpe no teu cerne qualquer mácula,
e branca e pura
a tua essência te caminha os veios, as ranhuras
desta significancia que te habita e
que em silêncio se mantém resignada
esperandoas revoadas nervosas
sobre a linha do horizonte
rasgando o céu - parindo a Hora Santa.
No olho do furacão
as tuas mãos, nuas, cansadas
ainda resenham a vida
em óleo santificado, em ocre e em sangue.
O tempo triunfante - ri das tuas inquietantes dores
mas não te absolve das intemperanças,
das inquietudes
dos soluços da tua alma - infinitamente bela!
E quão bela é a tua alma;
que nem mesmo a língua do sol lambendo o teu sal
esculpe no teu cerne qualquer mácula,
e branca e pura
a tua essência te caminha os veios, as ranhuras
desta significancia que te habita e
que em silêncio se mantém resignada
esperandoas revoadas nervosas
sobre a linha do horizonte
rasgando o céu - parindo a Hora Santa.