SEXTA HORA

No olho do furacão
as tuas mãos, nuas, cansadas
ainda resenham a vida
em óleo santificado, em ocre  e em sangue.
O tempo triunfante - ri das tuas inquietantes dores
mas não te absolve das intemperanças,
das inquietudes
dos soluços da tua alma - infinitamente bela!
E quão bela é a tua alma;
que nem mesmo a língua do sol lambendo o teu sal
esculpe no teu cerne qualquer mácula,
e branca  e pura 
a tua essência te caminha os veios, as ranhuras
desta significancia que te habita e 
que em silêncio se mantém resignada
esperandoas revoadas nervosas
sobre a linha do horizonte
rasgando o céu - parindo a Hora Santa.



Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 01/03/2012
Reeditado em 01/03/2012
Código do texto: T3528986
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