Sinto-me Estranha


Revirei meu travesseiro
emaranhei-me nos lençóis
Busquei a lua no teto
fiz estrelas de pingentes
noite alucinante
suada...cansada
noite insone
madrugada sem sereno
Amanheceu e o sol parecia do aveso
as flores dos meus vasos murchas
sem cores e tão estranhas
Manhã contorcidoa de mil pensamentos
a realidade me gritando no portão
sem me dar tempo
nem de tomar meu café esperançoso
calcei o chinelo...gritei..já tou indo
olho no espelho...ajeito o cabelo
ensaio um sorriso mambembe
teatro puro...rosto sem maquiagem
a cama desarrumada ainda da noite
custosa no ponteiro do relógio
E a realidade entrou porta adentro
me pegou de camisola ainda
nem bom dia me deu
Eu disse que ainda era cedo demais
ela disse que já tinha passado da hora
Me grudou pela mão
E tal qual gata borrelheira
começamos a varrer o chão


Sol Lopes
Enviado por Sol Lopes em 01/03/2012
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3528617
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