Antes e depois do antes
Absolutamente vida reservada preexistente
Contida sob preliminares conceitos
Tão essencial quanto ter ou ser vida
É tudo aquilo que vem antes
Com o “x” da questão
Que estreita-se com o “y” da razão
Antes, durante ou pós vida, ainda devo ser o que não pretendia
O “principiu” e o “posteriore” ante a cálculos muitos
Posso ser substância emergente reduzida à poeira invisível
Por entre raios que surgem antes que o dia se irradie
Depois de uma aparente sonífera ou agitada noite ruim
Estou antes do começo, antes do meio, do início,
e ainda inserido no depois do fim
Sou a semente do plantio ao iniciar o inverno
Que antes de nascer, já se pronuncia em vida
Uma ideia desenhada para um futuro amor
Sou uma assimilação elaborada
Preparada pra mais tarde poder viver
Ansiedade a desabrochar posteriormente em flor
Sou acontecimento nato, logo após as sensações
Inconsciente aquecido pela energia do libido
Que a efêmera e inteligente arte biológica me preparou
Sob a eterna e submissa arte de viver depois
Aproximação saudável em outrora esquecida, a ulterior reviver
Convivendo sob as inúmeras elementares maneiras de morrer