Poeta falsificador
Falsificação poética,
é um Chanel de Taiwan.
Cópia modificada,
homenagem à inventividade alheia,
depende do usuário portador.
Definitivamente, o que é falso,
no império da bacia das almas,
passa como originalidade mais pura,
dependendo do pedigree de quem leva.
Então falsifico o poeta fingidor,
que finge escrever, tão sinceramente,
a cópia que no camelô se vende.
Desaponta-me a etiqueta com ideogramas,
mas quem se importa...
engulo rimas bregas,
e arroto profundas frases de amor.