de música e de poesia44

Não desvio o olho enquanto caminho:

não mais tenho a garantia da juventude tépida

e entorpecida. À vista de quem vai sozinho,

não risquei a pele ao cair do carro em

movimento. No retorno ao lar: teu alento,

frutas sêcas sobre a mesa

para acariciar meu paladar.

Às insônias: canção de ninar

que o vento canta ele próprio

enquanto voa no opróbrio

da noite em dor.

(Não sei quem

em mim observa. Mas se algo em todos

está a observar

é supremo o observador.)

Thai
Enviado por Thai em 19/01/2007
Código do texto: T352781