DEUS...CERTEZA DE CALMARIA!

Sou poeta, às vezes em águas revoltas, aos ares,

E, noutras vezes em águas límpidas e tão serenas;

Mas, na imensidão e segredos dos bravios mares,

Nada sou! Não mais que um barco à vela, apenas.

Quanto a vós, se navegas o barco em águas escuras,

E o susto seca-lhe a garganta, a espera de calmaria;

Pousa aqui o teu olhar, e encontrarás o que procuras,

E matarás tua sede nesta gota da mais sincera poesia.

Nas frágeis velas e nos ventos que embalam a vida,

Sinta o divino sopro de um ser poderoso e supremo;

Mas, se os bons ventos as velas não forçam ainda,

Façais dos teus pobres braços os poderosos remos.

No piscar de séculos, Oh! Deus, quantas vidas soltas!

Eu, apenas poeta, pobre ser, nada sou, alem de um dia;

Nos mares que navegas, ao perceberes águas revoltas,

Buscai-O em prece, pois só Ele é a certeza de calmaria.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 29/02/2012
Código do texto: T3526840
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