Autocontrole
Que me sustenta
Que me guia
Que me impede
De entregar-me por completo
Que me dá sintonia
Junto ao meu sentimento
Que me torna fria
Que me rege e protege
Será que é viver
Se sinto muitas vezes somente o que me permito
Se sou apenas o que me permito ser?
Me protejo
Me fecho em copas
De longe vejo
Mesmo dando as costas
O plano ou o desejo
A intenção maliciosa
De alguém que finge
Não ter anseios
Talvez calculista demais
Talvez conseqüente demais
Isso pode ser medo
E prisioneira, o medo não me faz
Como parte do meu eu, me concedo
Minhas confusões sentimentais
Os artifícios da paixão
A energia que sinto que cada um trás
Um pouco de confusão
Não deixando que meu coração
Seja um poço voraz
De frieza, de explanação.
E assim, irritantemente
Sou equilibrada
Coração sem controle, sem a mente
Por agora não vale nada
Pois mesmo que eu me entregue ou tente
Há muitos perigos na estrada.
(Poema de adolescência)