Autocontrole

Que me sustenta

Que me guia

Que me impede

De entregar-me por completo

Que me dá sintonia

Junto ao meu sentimento

Que me torna fria

Que me rege e protege

Será que é viver

Se sinto muitas vezes somente o que me permito

Se sou apenas o que me permito ser?

Me protejo

Me fecho em copas

De longe vejo

Mesmo dando as costas

O plano ou o desejo

A intenção maliciosa

De alguém que finge

Não ter anseios

Talvez calculista demais

Talvez conseqüente demais

Isso pode ser medo

E prisioneira, o medo não me faz

Como parte do meu eu, me concedo

Minhas confusões sentimentais

Os artifícios da paixão

A energia que sinto que cada um trás

Um pouco de confusão

Não deixando que meu coração

Seja um poço voraz

De frieza, de explanação.

E assim, irritantemente

Sou equilibrada

Coração sem controle, sem a mente

Por agora não vale nada

Pois mesmo que eu me entregue ou tente

Há muitos perigos na estrada.

(Poema de adolescência)

Jucely Regis
Enviado por Jucely Regis em 27/02/2012
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