Oscilando como gaivotas ao vento...

Oscilando como gaivotas ao vento...

Delasnieve Daspet

.

Meu corpo é como uma nuvem...

Com formas disformes, aleatórias,

Como uma criança de escola

Sinto a alma saindo do corpo

Com prazer e alegria!

.

Permanece, em mim, um vazio...

É o vazio da eternidade

Que possibilita a força

Na liberdade de criar...

.

Permanece, em mim o Amor...

Amo.

Amo tanto, muito mais do que

As palavras possam dizer...

Preciso pensar nos laços deste querer.

.

Finda...

Lamento e sinto remorso pelo fim...

O sol esta nascendo e o mundo ainda dorme.

Percebo que nascemos para a solidão.

As pessoas pressentem, calam,

Precisam e não se mexem...

Oscilando como gaivotas ao vento...

.

Constato o óbvio, o grito que a alma não cala,

És o amor que nunca acaba,

Sonho proibido que ninguém pode deter!

Em Campo Grande-MS, 21 fevereiro de 2006,

20,16 hs