Poema Infinito
Tenho um poema infinito
Para os que não tem tempo de sentir poesia;
É pena que se o verso vier da mente
Pouco tem a dizer ao coração...
E as pessoas teimam em sucumbir à força da razão!
Homens-Bomba interessam mais
E não há tempo para as utopias...
É hora das notícias nos telejornais!
Falar de amor e de esperança
Já não é mais assunto de poeta...
Não se pode tomar as virtudes
Das entidades assistenciais!
E o meu poema infinito se traveste em símbolos;
Caracteres de uma fonte “times new roman”
Perdido em meus arquivos pessoais...
Eu, poeta virtual, não grito
Não reclamo, não blasfemo
E adormeço
No sofá da sala de estar
Em frente a televisão...
Meu “laptop” há de salvar
O meu poema
Que por certo esquecerei
Quando acordar!
Ciro di Verbena