Lúcida quietude
ontem mendiguei o seu abraço
laço que me apertava o peito,
hoje de esperança e desespero,
canto e soluço uma cantiga só.
de uma flauta despida e tosca,
tangida por lábios estressados
ouço o gemido do meu esforço
em notas já, descompassadas.
na vidraça empoeirada e nua,
onde a luz do dia resplandece
vejo o meu re_querer espatifar
como uma estrela de_cadente.
sem maldizer palavra alguma
fecho os olhos. Em prantos, rio.
meu corpo entristecido, dormiu,
agarrei-me com todas as forças.