Flora rara
Duas razões mencionam uma importância.
A primeira é o segredo pacífico desses olhos calmos,
Férteis. A segunda são forças opostas que lutam,
Pelo delírio de calor e sal nos ralos trechos de mata.
Pertence a fotografia tua moldura e cena.
Descoberta sobre areias litorâneas.
Onde revelas os sinais visíveis
De propriedade secreta
Como na chuva as raízes.
Para desenvolver a flora rara
Exclusivamente só teu corpo dança.
Ao poder antigo das figueiras imóveis,
Detidas pelo tempo ente noções de auroras.
Baile profundo de emoção ondulatória,
Cedendo nutritivo sonho a pluma silvática.
Prenhe de vida... Como sombras aos cômoros.
Interessa teu modo físico: Estrela Dalva,
Estrela-do-mar, felicidade abundante.
Entre sensações brilhantes, vibrantes.
Quando a imaginação distraída segue
Vaga e vagamente majestosa
Concedendo brisas e folhas
Ao elemento do vento.
Tardes de suor, samambaia e descanso.
Tendo da imagem o estrelante gosto,
Das coisas que vivem em paz e êxtase.
O canto é ordem clara, aberta;
Sobre elementos isolados.
Da voz sem interesse direto.
Para falar aos arbustos de esquecimento
Dessa existência sem mangues,
Sem raízes em estacas, sem angicos.
No paralelismo comum de corpo e alma
do conjunto.