MARIA BONITA
No sertão
som de baião
rebenta rojão na coroa do Mandacarú
Arrepia, o som de assombração,
vento em tripa seca - assobia feito Currupião abrindo leque!
Depois, é só adormecer num por de sol
entre os açoites e os cavacos de Espinheira Santa e amaciar a boca
na pedra d'água - olho da terra - espigão, lombaço
corcunda de tanto sofrer...
Ave de arribação
entre o couro e acouraça
o estalido da cabaça,
na cachaça do homem, um beijo e um afago.
Maria Bonita - entre meios, entre rendas
adormece nas fendas.
E na boca da noite
um riso e um olhar faceiro!
Um tiro certeiro
bote de Caninana, corte de peixeira,
festim!
Beijo de Parabellun, pulo de Lampião
rasgando a noite do sertão.
No sertão
som de baião
rebenta rojão na coroa do Mandacarú
Arrepia, o som de assombração,
vento em tripa seca - assobia feito Currupião abrindo leque!
Depois, é só adormecer num por de sol
entre os açoites e os cavacos de Espinheira Santa e amaciar a boca
na pedra d'água - olho da terra - espigão, lombaço
corcunda de tanto sofrer...
Ave de arribação
entre o couro e acouraça
o estalido da cabaça,
na cachaça do homem, um beijo e um afago.
Maria Bonita - entre meios, entre rendas
adormece nas fendas.
E na boca da noite
um riso e um olhar faceiro!
Um tiro certeiro
bote de Caninana, corte de peixeira,
festim!
Beijo de Parabellun, pulo de Lampião
rasgando a noite do sertão.