HERDEIROS DE QUASE NADA

Aos meus amigos eu deixo

quando chegar o meu fim

um violão afinado,

a cuíca e o tamborim,

minha calça engomada,

o meu sapato engraxado,

meu chapéu de malandragem,

e a camisa de cetim,

uma canção na estrada,

onde prima a parceria,

um mote pra alegria

e muitas flores no jardim.

Pra minha filha querida,

razão da minha existência,

deixo um exemplo de vida,

que teci com paciência,

Deixo o carinho de pai,

a saudade e a lembrança,

se nada comigo vai,

pra ela deixo a esperança.

Pros demais , eu digo agora,

eu vou, mas não tenham pressa,

um dia a gente se encontra,

pra findar essa conversa.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 26/02/2012
Código do texto: T3520960
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