Eufemismo

Meu passado agora jaz

Brindando a eterna paz

No seu leito derradeiro

Depois de tanto me prender

Veio finalmente a falecer

Derrotado pelo frágil prisioneiro

Meu presente agora é o rei

Do futuro eu nunca sei

E tampouco me importa

Os prazeres de outrora

Se o que tenho é só o agora

E só isso me conforta

A vida, às vezes mar de rosas

Às vezes reta, às vezes com curvas perigosas

Mas o contexto não se contesta

Portanto, o que fui já não faz diferença

Fantasiar o que serei não compensa

Então o hoje é o que me resta

Paulinho Souza

Paulinho Souza
Enviado por Paulinho Souza em 25/02/2012
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