Eufemismo
Meu passado agora jaz
Brindando a eterna paz
No seu leito derradeiro
Depois de tanto me prender
Veio finalmente a falecer
Derrotado pelo frágil prisioneiro
Meu presente agora é o rei
Do futuro eu nunca sei
E tampouco me importa
Os prazeres de outrora
Se o que tenho é só o agora
E só isso me conforta
A vida, às vezes mar de rosas
Às vezes reta, às vezes com curvas perigosas
Mas o contexto não se contesta
Portanto, o que fui já não faz diferença
Fantasiar o que serei não compensa
Então o hoje é o que me resta
Paulinho Souza