ESTAÇÃO VAZIA...
Permaneci com os olhos
e coração de menina
trancafiada nos porões deste trem
que já não vai e nem vem.
Faço dele minha morada
até os dias de agora.
Permaneço debruçada no peitoral carcomido
das janelas do tempo
de um trem que não tem.
Ele agora corre cá dentro
na estação que mora em mim.
Ainda tenho os olhos e coração de menina
e, de certa forma, fiquei de pé na estação vazia,
com a pouca bagagem e o embornal surrado
onde carrego o peso das melhores saudades...
Ainda há um Furquim dentro de mim,
mas há também uma estação vazia em mim...
Para Furquim, o passado pássaro que voou