EU SOU A CANETA

Preciso de ar puro para escrever

Por isso sempre abro a janela

Para que as estrelas possam entrar em meu quarto,

Para que a lua me veja

Trazendo-me seu brilho curioso

Engraçado

Triste,

Força de expressão.

Engasgado

De face estranhamente estranha

Incrível,

Palavras... palavras.

Talvez pra quem lê não faz sentido,

Pra quem escreve... nunca se sabe

Cada letra carrega um sentimento

Desperdiço o tempo

Porque este tem me sobrado,

Aliás,

O tempo nunca é justo

Sempre falta ou sobra,

Nunca estamos satisfeitos

Mais fácil respirar quando se tem saúde

Porque viver

Não é o mesmo que estar vivo

Volto à criação de criaturas inimagináveis,

Meus versos deslocados de uma literatura aclamada

São apenas respingos de um coração batendo

Não me consideram poeta

Não me consideram filósofo/pensador

Não me consideram músico

Então... Apenas escrevo!

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Extraído do livro: SURTO POLIGRÂMICO, disponível para download na seção e-livros.