Balada da Tempestade
Olhando de canto,
cantando na chuva,
contando os pingos,
perdendo a conta.
Seguro o tempo,
nem penso na hora,
depois que cheguei
não fui mais embora.
Ela cai, o chão molha,
o vento vai, você desfolha.
Tenha calma, paciência,
lave a alma, sapiência.
Nesse parnaso, o acaso
foi comido pelo descaso.
Com serenidade,
sem ironia
após a tempestade
vem a poesia.