CÂNTICO 101 / 102

101

Já não te tenho mais, ó minha mãe,

Nem tampouco te terei jamais

Para me dares um simples carinho,

A sua mão ainda queria sentir!

Nos meus sonhos apareces em silêncio,

Com a mesma ternura humilde...

Por que vim à este mundo

Contemplar as manhãs cinzentas?

102

Já não és mais, expiraste!

A criatura está morta,

Vives somente em minha memória...

O teu corpo agora é terra

E o teu rosto sepultura.

Pudesse o teu espírito ressurgir e as lágrimas

Que tanto derramo se transformassem

Em orvalho destilando sobre as flores.

(Cântico dedicado à minha mãe

Maria Lucimar Pinheiro da Costa,

Falecida em 19/11/1982)

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 23/02/2012
Reeditado em 23/02/2012
Código do texto: T3516003
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