CÂNTICO 101 / 102
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Já não te tenho mais, ó minha mãe,
Nem tampouco te terei jamais
Para me dares um simples carinho,
A sua mão ainda queria sentir!
Nos meus sonhos apareces em silêncio,
Com a mesma ternura humilde...
Por que vim à este mundo
Contemplar as manhãs cinzentas?
102
Já não és mais, expiraste!
A criatura está morta,
Vives somente em minha memória...
O teu corpo agora é terra
E o teu rosto sepultura.
Pudesse o teu espírito ressurgir e as lágrimas
Que tanto derramo se transformassem
Em orvalho destilando sobre as flores.
(Cântico dedicado à minha mãe
Maria Lucimar Pinheiro da Costa,
Falecida em 19/11/1982)