A TORRE DO AMOR

Gritos cantados ecoam entre as serras violentadas. Gememos em liberdade unida num só corpo; meto toda minha energia! Submersos entre puras e escassas árvores, ofegantes nos embriagamos com o cheiro da lua. Satisfazemos-nos em suspiros melados de prazer que escorrem pelas suas pernas suadas. Vivemos um momento sagrado onde profanamos juras de amor eternas.

Recito-lhe poemas sacanas

Esculpidos em palavras de diamantes,

Poesias nuas em loucuras insanas

Junto à sons pesados e delirantes.

Além de todas as coisas mundanas.

E temos a paixão, por hora...

Será que vamos nos conhecer melhor?

O que nós temos bom? O que temos nós de pior?

E agora você só se perde e me ama!

E eu lhe mostro onde meu eu mora.

Vamos nos ver além de todo esse suor.

Até o fim de uma nova aurora!

Vamos descer a serra violentada...

Altar de amores para o todo e para o nada...

Vamos descer até meu povoado.

Vamos nos jogar pra tudo que é lado.

Meter-nos entre os costumes infeccionados.

Sei até a descida e nada sobre o resto da vida

Como saber se não vamos nos enganar?

Mas que se foda! Estamos juntos agora!

Sem as mentiras entre nós, minha querida...

Vamos em busca de onde a gente mora.

Vamos nessa, vamos juntos embora!

Leonardo MirandaAlves
Enviado por Leonardo MirandaAlves em 23/02/2012
Código do texto: T3515777
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