eu quero mesmo é sangrar!
nada quero
senão me queimar
outra vez de amor – e ser pó
outra vez
é mister sofrer
eu bem sei
e não vou me deixar
enganar
(ademais, estou habituado
a perder)
mas não esperarei
que chegue a primavera
enquanto puder sorrir
no outono
que a navalha do fracasso
me corte outra vez então:
– que me importa? –
eu quero mesmo é
sangrar!