Turbovalsa




Quando a luz não tem mais nada a dizer,
quando submerge no bréu  o céu azul, 
quando os candelabros do salão se apagam,
quando o tecido de poeira toma conta de tudo,
aí sim, é hora de retirar dos cabides,
as palavras que se ligarão a outras.
Delas nascerão aquilo que a vida
não pode mais dizer por acontecimentos.
Haverá vida após a última valsa?

Ficará sempre a insistência do tempo.
E eu digo:
"saia, e deixe para trás
o perfume de sua ausência",

A arte de ser o que se é,
é deixar de ser sempre jovem,
e mergulhar no conhecimento puro e doloroso
do nosso tamanho menor que o pensamanto,
e maior do que o tamanho que você me vê.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 22/02/2012
Código do texto: T3513981
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