PROCISSÃO

na cama Deitado

sem conseguir dormir,

a lua sem pedir licença

penetrando no meu quarto,

me fazia companhia.

No silencio da noite

na pálida luz do luar

viajei ao meu inconsciente.

Se fez pouca luz

na escuridão do cérebro,

vultos passavam

formando uma procissão.

O cortejo fúnebre

carregava os esquifes

dos sonhos e esperanças

mortas, prematuramente,

sem chance de viver,

viver a alegria da vida

da vida escolhida.

Passou chorando o amor

amparado pelas lembranças

e a saudade que era só dor.

Ao lado, mágoa e desilusão,

tristes enxugavam as lágrimas.

A angústia ali estava presente

se encarregando de tudo.

Longe comemorando vitória,

fantasmas do ontem e do hoje

sem dar importância a dor,

a minha dor,

ria das lágrimas

que afloravam dos olhos

escorrendo pelo meu rosto.

Marcus Catão

Marcus Catão
Enviado por Marcus Catão em 22/02/2012
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