((((:::CÉU DE COLCHÕES:::))))

Sendo eu translúcida aos meus olhos

debrucei sobre nuvens as gotas transbordantes de mim

mergulhando no mar intimo

em que borboletas são conchas adormecidas

no avesso contraditório de um jardim sem fim

Que até o céu me cede os seus colchões,

Embebido n'um sonho de fantásticos clarões,

Um ai sem termo, um trágico gemido

Podia abrir-me as flores—desfolhando as rosas—sentar-se ao pé de mim

Minh'alma, muitos céus aspira: Ah, se é amor ? Sim!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 22/02/2012
Código do texto: T3512482
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