CANÇÃO DO SILÊNCIO
Sob o pulsar do mundo no universo
Estrelas recendem perfumes alheios
De terras distantes que em nós vivem
Não sigamos o barulho das ondas
Há silêncios deslumbrantes
Que nos aguardam no além-mar
E desafiam a percepção do Infinito.
Sob o olhar de seres divinos
Histórias e mitos contam a Vida
Desfolhando as páginas brancas
Que a manhã prepara na alma
Novas trilhas terras e ilhas
Hão de levar os nossos sonhos
Nos eixos da Emoção e da Loucura.
Sob a incerteza do ser ou não-ser
Edificamos templos de ouro e de marfim
Numa desvairada ação de livre-arbítrio
Para justificarmos a sede de Renovação
Tudo há no fim de se perder e se esquecer
Naquela Luz que nos espera adiante
O Amor soberano será o nosso Rei.
© Jean-Pierre Barakat, 01.11.2004