SOZINHOS NÃO SOMOS NADA

Um serrote metido e arrogante

Exibido, ao martelo se gabava

De ser ali o mais importante

Que de ninguém ele precisava.

Serro toda a madeira sozinho

Sou o mais forte e poderoso

O martelo quieto coitadinho

Escutava a tudo silencioso.

Pensava, só consigo é bater

Na cabeça do coitado prego

Mas é o que posso fazer

Não sou importante e não nego.

A chave de fenda lá pensando

Sem se atrever a balbuciar

Vivo como louca e rodando

Para o parafuso apertar.

A régua quieta lá no fundinho

Também não quis se manifestar

Apenas marco o caminho

Onde o senhor lápis irá passar.

Eis que entra o seu João

Para mais um dia de jornada

Reúne seu material e deixa a mão

Para não esquecer de nada.

Numa maleta que vai transportar

As ferramentas para trabalhar

Coloca todas juntas sem separar

Pois de todas ele vai precisar.

Carol Carolina
Enviado por Carol Carolina em 20/02/2012
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