O corpo
das profundezas das distâncias,
lá onde o boi cansado bebe água,
ouvi seu tímido e distante chamar
caminhei por entre pedras obtusas,
seixos que pontilhavam o velho rio
como se ele fosse uma criança
na boca da nascente, outrora límpida,
repousei meus olhos entristecidos,
você não estava lá, não veio me ver
meu choro precipitou entre os vãos,
embrenhou-se nas corredeiras bravias
sem destino certo ou premeditado
sem pena de mim, ou mesmo dó,
meu corpo desmantelou-se no chão
já não me via ali, já não estava lá