Cotidiano
Eu não sei brincar
A brincadeira séria de viver
Eu sinto demais
Eu sinto muito
Às vezes é assim
São vezes que se dividem
Em inúmeros sentimentos
Em pleno crescimento
A dor inevitável
De não ter tudo pra sempre
O sofrimento opcional
Carnal
Cultuo credos que não acredito
Escuto vozes que se lamentam
Sonhos me atentam
Cotidiano
É o coração que pulsa forte
Cordas vocais firmes
Ecoam como suspiros
Arrepios
Arrepios carnais do cotidiano.