Rosas vermelhas!

O orvalho

Derrama as suas

Lágrimas. Nas pétalas

Das rosas

Do meu jardim.

Salpicando-as com gotas

Brilhantes de cistais.

Rosas vermelhas

Rosas brancas

Rosas amarelas.

E de tantas matizes mais.

A pintar quadros e aquarelas

No peitoril da minha janela.

TODAS

Sem a compaixão

Da natureza, desfolham

Suas pétalas

Nas fraturas do chão.

Que em debalde, em debalde.

ENTRAM

Em decomposição fatal.

Ciclo perfeito a completar

Com a existência

De flores perfeitas

De flores nobres

De flores tão belas.

José Lopes Cabral.

Nilópolis, 19/02/2012.