Despedida

Eu já não sei

Se existem motivos para conversas

Se meu desejo é sentar e engolir meu choro

Sumir, emergir, me esconder... fernecer.

O sangue deixou de correr

Congelou em mim como tudo o que não sei

O ar não sinto entrar

Tudo fechou com o fim

É, sonhos não são para sempre

As lágrimas queimam-me a garganta

E os olhos secos gritam desesperadamente a procura de socorro

Se existe solidão, creio que foi nela que emergi

Existe uma rosa dentro do seu peito

E os espinhos cravaram-se no meu

O sangue cai sobre o assoalho

E o silêncio rompe as barreiras que criei

Gritos correm por seu mundo

A calamidade surgiu em um mundo de paz

Sorrisos fingidos escondem com carinho

A lágrima que queima um rosto fugaz

E fico parado olhando através do vidro

A sombra que ao longe pouco a pouco se vai

Um último sorriso em um rosto fingido

Pra esconder a dor que pouco a pouco me esvai