MEU CORAÇÃO RECLAMOU DO AMOR!

Hoje procurei meu corarão,

Ele estava ressentido.

Falei de minhas aflições,

Das inconveniências do amor;

Do último beijo gelado

E do abraço não sentido.

Os batimentos estavam lentos,

Quase que esmaecidos

Pelo meu fenecimento amoroso

Que sempre aturdia derrotas

De mãos dadas com o desdém

Que sobressaía ao luto.

Quando vinha o sepulcro reacionário,

Trazia reminiscências fatais,

Calcadas na imensa negatividade

Que fazia questão de bloquear-me

Antes mesmo da primeira tentativa

Em relacionamentos ofertados.

Meu coração reclamou do amor

Que eu nunca lhe demonstrei,

Criticou meu discernimento poético

Que sempre se amparava na negatividade.

Comentou sobre minhas evasivas,

Em seguida se nulificou protestando.

Agora zanzo sem rumo,

Fugindo até mesmo de mim;

Buscando o que não sei.

Calado e totalmente hermético.

Construindo barreiras, na defensiva.

Ínfimo, e irremediavelmente cético!

Descontente por anos de escravidão,

Minha massa corporal decidiu gritar.

Meus excessos noturnos juntamente

Com excessiva insônia acumulada,

Não permitiam o necessário descanso

Ao descomposto corpo que arquejava.

Sintonizei o magoado coração,

Sinalizei para o esmorecido corpo,

Chamei o indisposto cérebro;

Relatei-lhes que naquele momento

Estava desobrigando-lhes dos afazeres.

Amargurado, eu estava desistindo de mim!

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 17/07/2005
Código do texto: T35062