O PALHAÇO

O PALHAÇO

Por vezes

Sinto-me assim

Um palhaço

De um circo

Que não tem picadeiro

Nem vende ingresso

Sem lona, mágico

Leão, sem nenhum nexo

Mas que tenho ali

Por dever de oficio

Fazer o riso brotar

Na menina de saia rodada

No moleque com mão cheia de pipoca

Na viúva que triste veio

Se alegrar com meu improviso

E saem todos contentes

Pois sei plantar

Em um a um o sorriso

Mas depois na noite que ronda

Na luz apagada

Do meu canto de morte

Morro mais uma vez indeciso

Sem ter eu uma gargalhada a dar

Deste destino escolhido

Na razão do meu derradeiro e final

Pré-juizo...

Arqueirorj
Enviado por Arqueirorj em 17/02/2012
Código do texto: T3505018
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