MÃOS VAZIAS...

Estou cansada da poesia!

Dos astros coloridos

que povoam meu interior...

Já basta de poesia!

Vá e deixe lugar para mim.

Torna-te areia e vá possuir

os ventos frios da montanha.

A mim, me basta o vazio, o oco...

Deixe que morram minhas mãos magras

e meus dedos instáveis

a rasgarem versos.

Só por hoje, basta de poesia!