Trôpego e cambaleante pela vida
Sem importar-se com a dor
Sem recordar-se do passado
Lá vai meu coração
Ao encontro de mais uma aventura.
Menino impossível, travesso,
Sempre desobediente,
Parece adolescente
Com vida própria
Teimando em não me escutar
Rompendo barreiras
Quebrando tabus
Transgredindo normas
Num cai levanta sem fim
Mas ele insiste, procura, busca
E se acha.
Acelerado, afobado
Triste alegre
Inquieto, surpreso
E se esquece, por instantes,
Da dor.
Dor que sublima, enternece
Amadurece e cai.
Mas renasce!
Altivo, grandioso, guerreiro
Safado – gosta de sofrer
Mas quem não sofre,
Pensa ele entre um suspiro e outro.
E sai à cata
Da dor.
Coração dói.
Dor de amor!