Tudo e nada
Se teus beijos não mais
Acalento-me em meus versos
Rimando rumo ao regresso
Onde aporto meus ais
Se teus beijos não mais
Meu refúgio são palavras
A soletrar minhas lágrimas
E dar sentido novo ao jamais
Ah! Se teus beijos não mais
Entre tintas e soluços
Deságuo sinfonias de bruços
Dores e medos avessos à paz
Porque se teus beijos não mais
Em luto meu eu padece
No leito, incapaz perece
Tal Alvarez a desejar a noite, nada mais
Mas, se teus beijos não mais
Hora crepúsculo, amanhã alvorada
Duas medidas na minha estrada
Bifurcada e emplacada: TUDO e NADA.