De Rendas e Lendas

...assim, no tear de lendas
puxava o fio da espera
comprido no comprimento
a cumprir trama de rendas
a mentir como quem era
memória verdadeiramente.

Mão cheia em noites vazias
desenrolava o novelo
lá do fundo da história
no nascer da antologia
um verso verde no prelo
garantido em promissória.



Enquanto a sonhar, sonhava
o que não, de fato, houvera
escorria em fantasias
ilusão que adiantava
o que não fora deveras
mais breve alegoria
por distinção chamava
auto-biografia.

Fruto do fruto verde,
antes da hora de ser
olhos de neto fitavam
a crença no que se perde
renovação de nascer
em olhos d'água brilhavam
espelhadas lindas rendas
de lendas que a avó fiava.
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 17/07/2005
Reeditado em 23/11/2013
Código do texto: T35035
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