De Rendas e Lendas
...assim, no tear de lendas
puxava o fio da espera
comprido no comprimento
a cumprir trama de rendas
a mentir como quem era
memória verdadeiramente.
Mão cheia em noites vazias
desenrolava o novelo
lá do fundo da história
no nascer da antologia
um verso verde no prelo
garantido em promissória.
Enquanto a sonhar, sonhava
o que não, de fato, houvera
escorria em fantasias
ilusão que adiantava
o que não fora deveras
mais breve alegoria
por distinção chamava
auto-biografia.
Fruto do fruto verde,
antes da hora de ser
olhos de neto fitavam
a crença no que se perde
renovação de nascer
em olhos d'água brilhavam
espelhadas lindas rendas
de lendas que a avó fiava.
...assim, no tear de lendas
puxava o fio da espera
comprido no comprimento
a cumprir trama de rendas
a mentir como quem era
memória verdadeiramente.
Mão cheia em noites vazias
desenrolava o novelo
lá do fundo da história
no nascer da antologia
um verso verde no prelo
garantido em promissória.
Enquanto a sonhar, sonhava
o que não, de fato, houvera
escorria em fantasias
ilusão que adiantava
o que não fora deveras
mais breve alegoria
por distinção chamava
auto-biografia.
Fruto do fruto verde,
antes da hora de ser
olhos de neto fitavam
a crença no que se perde
renovação de nascer
em olhos d'água brilhavam
espelhadas lindas rendas
de lendas que a avó fiava.