UM HOMEM E UMA MULHER

E haviam as tardes de domingo
com o frio que me percorria a espinha ao ver
a proposta de coxa desnuda
na tua forma displicente de olhar tv.

E havia o olhar sedutor
por trás da taça de champanha.

E havia um silêncio
a prenunciar gemidos.

E havia uma tépida umidade
espalhada em nossos corpos flutuantes.

E havia a cumplicidade
que se estendia pelas madrugadas insones.

E havia o desassossego
dos desejos cumprindo o destino.

E haviam gotas de felicidade
Sobrepostas ao caos.

E nós ficávamos ali, mendigos do amor,
prisioneiros do medo, sem saber, que, na verdade,
tudo o que acontecia era VIDA!

É que, naquele tempo, ainda éramos
apenas um homem e uma mulher.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 16/02/2012
Reeditado em 24/07/2014
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