Cacos do cálice de cristal

*** dedico esta página à colega, professora Edna Lopes, pois que me inspirei no seu verso-comentário-complemento ao meu poema D'espumas

Eu sou a que ama e uma rocha coloca sobre o peito

E que alteia o olhar acima do horizonte

Eu sou a que ama e se recolhe

Porque sou masoquista

De sabotar o amor sigo todas as pistas

E ensandecida amo a lua nova

Depois do sol nascido e posto

Eu sou a que ama e toma o cálice até o fim

Depois mancharei o cristal de carmim

E mastigarei o cristal

Para engolir cacos e sangue

E esse amor

Sepultado seja dentro

Em mim

taniameneses
Enviado por taniameneses em 16/02/2012
Reeditado em 16/02/2012
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