ALQUIMIA***ESPELHO***ARGILA.
ALQUIMIA
O sublime e o etéreo
Se confundem
Na essência de um mistério
Que é o viver.
Ávido querer insano
A colher na colher o engano
Do mal ser.
Viver e morrer
Inverso ao haver
Se resumem
À alquimia da posse
Prazer e
Poder
(Hermílio)
ESPELHO
Lívida, a leve luz vislumbra
a minha face no espelho em penumbra.
Leve é o vento. Que meu eco pensamento leve
longe o sonho infindo desta vida breve
além da luz o instante madrugado.
Só o espelho me olha e me desnuda
quando presa minh'alma fica muda
de lábios abertos. E o meu olhar fala calado.
(Hermílio).
__________________________
CUIDEI QUE TINHA MORRIDO
Alain Oulman/Pedro Homem de Melo
Ao passar pelo ribeiro, onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro, dobrado como um soluço
Pupilas negras, tão laças, raízes iguais às minhas
Meu amor, quando me enlaças, porventura as adivinhas
Que palidez nesse rosto sob o lençol do luar
Tal e qual quem ao sol o posto estivera agonizar
Deram-me então por conselho tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho cuidei que tinha morrido
Ouça>
http://www.youtube.com/watch?v=H12UfdEyGzU
ARGILA
(Hermílio).
Porque sou barro, pó,
Meu sentimento argila mi'a saliva cospe
Imerso em lamaçal lembrança
O lodo é um beijo amargo
Na rachada areia dos meus descaminhos
Fel na fibra perfumada à lança
No meu peito largo.
Porque sou barro só,
Em poeira me desfaço ao vento
Emaranhado em cipoal dou nó
Na lágrima vertida num lamento.
Urze entre espinhos
Pedregal na lama
Morrem os meus caminhos
Farto-me na cama
Vago em meu deserto
No areal disperso
Já porque sou barro
Porque volto ao pó
Em brasa, em chama.
ALQUIMIA
O sublime e o etéreo
Se confundem
Na essência de um mistério
Que é o viver.
Ávido querer insano
A colher na colher o engano
Do mal ser.
Viver e morrer
Inverso ao haver
Se resumem
À alquimia da posse
Prazer e
Poder
(Hermílio)
ESPELHO
Lívida, a leve luz vislumbra
a minha face no espelho em penumbra.
Leve é o vento. Que meu eco pensamento leve
longe o sonho infindo desta vida breve
além da luz o instante madrugado.
Só o espelho me olha e me desnuda
quando presa minh'alma fica muda
de lábios abertos. E o meu olhar fala calado.
(Hermílio).
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CUIDEI QUE TINHA MORRIDO
Alain Oulman/Pedro Homem de Melo
Ao passar pelo ribeiro, onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro, dobrado como um soluço
Pupilas negras, tão laças, raízes iguais às minhas
Meu amor, quando me enlaças, porventura as adivinhas
Que palidez nesse rosto sob o lençol do luar
Tal e qual quem ao sol o posto estivera agonizar
Deram-me então por conselho tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho cuidei que tinha morrido
Ouça>
http://www.youtube.com/watch?v=H12UfdEyGzU
ARGILA
(Hermílio).
Porque sou barro, pó,
Meu sentimento argila mi'a saliva cospe
Imerso em lamaçal lembrança
O lodo é um beijo amargo
Na rachada areia dos meus descaminhos
Fel na fibra perfumada à lança
No meu peito largo.
Porque sou barro só,
Em poeira me desfaço ao vento
Emaranhado em cipoal dou nó
Na lágrima vertida num lamento.
Urze entre espinhos
Pedregal na lama
Morrem os meus caminhos
Farto-me na cama
Vago em meu deserto
No areal disperso
Já porque sou barro
Porque volto ao pó
Em brasa, em chama.