doce engano

doce engano sutil

minhas mentiras sutis serenas

no veneno que eu mesmo me rendo

e me vendo na covardia humana que me cerca

me desertifico e me prontifico e me petrifico

como louco

à busca de caminhos tortos sutis e malvados

e nas sombras dos silêncios que me guiam

pelos perfumes longínquos e bravos

pelos bosques cinzas e alaranjados

me escondo

até o dia em que um raio de luar

uma gota de orvalho me desnude por inteiro

até minha alma secar ao sol para sempre

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 15/02/2012
Reeditado em 16/02/2012
Código do texto: T3501699
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