no sal da areia
esparramam-se plantas
quase nativas

empinadas folhas
finas folhas
amareladas

esverdeadas
 suas raizes deitadas
ao solo salgado

 na mistura  do mar
  batendo

insetos rodeiam a luz do dia
arrôbos esvuaçantes
nas lantejoulas  retalhadas ao chão

restos de ensaios,
antecipadas
  fantasias,

escorregam vento abaixo
 erguem-se vento acima
 num vôo liberto

até esbarrarem nas folhas
nativas

que ali caladas
sonham...


olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 15/02/2012
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3501671
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