Formiga Atômica
Tamanho não é documento.
Mas use lente de aumento... Se quiseres saber minha graça.
Morto de arrependimento,
Tomo juízo não suplementos... Quero ganhar perdão. Não massa.
Maços... Moças.
Nessa quebra de braço, não se vence pela força,
E é bem possível que um reles inseto retorça...
Artérias de ferro feito roupa.
Indago repressores,
tomo as dores...
Feito sopa...
Tudo posso naquele que me fortalece,
Rocha amolece... Faca quente na manteiga.
Cara a cara leão vira Lessie,
Põe o rabo entre as pernas, estremece... Age de forma meiga.
Na franqueza, fraqueza se evidencia meu muque.
Um grão pesa na balança,
Cor da esperança...
Força do Hulk.
Formiga migra,
Levando cinqüenta vezes seu peso.
Aborta lombriga,
Paciência só um giga... Não mais suporta menosprezo,
Preso... A esse corpo milimétrico,
Céticos... Não notam meus passos.
Porem o ritmo é frenético,
A caminho da colônia ganho espaço,
Faço... Proezas.
Ala Marcos Ponte,
É pouco o horizonte...
Comparado a quinta grandeza,
Acima desse quintal...
Levam a mal meus sonhos macros.
Inda que implore,
Teus irmãos maiores... Jogarão-te no buraco,
Como saco... Apanho.
Enquanto José se prepara...
Porque você não encara...
Alguém do seu tamanho?
Estranho! A mente de Golias deu um nó,
Não entendeu bulhufas
Por motivo de força maior,
O menor... Triunfa.
Que adianta ser enorme feito boneco de Olinda?
Se não anda com a própria perna,
Não governa...
Suas idas e vindas,
E ainda... Assim. Não reconhece a importância...
Pirâmide nada é sem a base.
Recolho-me na minha insignificância,
Não tenho garbo, elegância... Pra preencher cartazes,
Catarse... Grandeza de espírito tem que traja...
Tamanho “p”
Traça rói roupa de sarja,
Sou de menor não apareço sem tarja... Cupim tomba tronco de ipê,
Mera casinha de sapê... De vidro é a telha
Não cabem miudezas,
Bagagem, mania de grandeza.
O verme se agiganta, mas só passa pela porta quando ajoelha.
“Lá vai à triônica, formiga atômica”
Não dão nada,
as é como bordoada...
Do coelhinho da Mônica.