D'espumas
Eu preciso tanto escrever um verso
E ele fazendo caras e bocas
Exponho-lhe a face
Olho-o intensamente
Mostro-lhe o pensamento
E o verso fugindo ao vento
Ganhando as praias
Rolando na areia
Bebendo a espuma das ondas
Namorando a sereia
Corro-lhe em busca
Foge ligeiro
Todo moleque e brejeiro
Alcanço-lhe e o seguro firme
Ele escapa
Com outro verso não ata e nem desata
De um soluço apenas ganha os azuis
Os verdes e os tons da partida
Nado desesperada
Louca e embriagada
O verso se enfia nas veias da madrugada
Cria uma bolha em meu peito
E me mata
(... de amor!)
*** INCLUO ESTE ÚLTIMO VERSO-COMENTÁRIO-COMPLEMENTO DA EDNA LOPES PQ FICOU MUITO BONITINHO. FICOU ESPECIAL, VIU, PROFESSORA?