CACOS DE VIDRO

Esparrame os monstros da minha cabeça

Afaste minha loucura passageira

Retire meu hábito neurótico/indeterminado

Desista dos meus atos perturbados

Jogue-me pela janela do teu pensamento

Desabe junto com minha ilusão

Desconstrua a fantasia idiota dos meus erros

Ensine-me a seguir o caminho certo

Tire uma foto

Coloque em seu porta retratos

Esqueça a razão conturbada

Vague na subjetividade indefesa

Borbulhe na arrogância de um desespero

Desista antes da loucura chegar

Persista apenas se desejas do âmago da tua alma

Me veja em retalhos e cacos de vidro

Dê-me sua atenção desretorcida

Pense um pouco antes de parar de ler

Jogue fora o que não faz bem

Conviva com a escuta cega

Com olhos míopes,

Movimente seus conceitos

Ande no mundo que se apresenta

Sinta o caos

Traga a esperança

Consiga o teu valor.

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Extraído do livro: SURTO POLIGRÂMICO, disponível para download na seção e-livros.