Adormece o gênio
Estou entrando numa fase insegura... – ou talvez mais segura.
Onde me pareço adormecido o homem apaixonado.
Acho que foram os momentos breves de amar sem respostas
Ou talvez incerteza dos amores amados...
Os porquês me acodem do meu vazio e eu fico
Às vezes horas interligado ao pensamento... – sozinho em mim mesmo.
E tudo a minha volta é ausência...
E penso não amar outra por medo de sofrer
Os desígnios de uma paixão inglória...
Mas também não há esperança de amar...
Penso que já tomei todos os licores
Que já me embriaguei por demais...
Agora é curar-me e viver
A incerteza de encontrar a quem me surpreenda
Com maior encanto que o último dos amores.
Acho que já é alguma coisa ultrapassar
As piores revoltas do meu romantismo
Saindo-me sem o mesmo fim que o jovem Werther.
É último ato. Desçam as cortinas... Adormece o gênio.