Quintal em Festa

Garimpei no seu quintal

sonhos e sorrisos

em prosa seminua

sem improvisos,

na roda semiaberta

sem imprevistos.

O choro da sanfona

anunciava o fim do dia,

peguei nela uma carona

embarquei na nostalgia...

Recordei a infância pobre

do chão de terra batida

o nome era de nobre

mas a vida foi sofrida...

Não sei se a lua vestia prata

ou um branco reluzente

a música era animada

quando em vez vinha mais gente,

o quintal estava em festa

nem fez falta a orquestra ausente...

As galinhas do terreiro

se ajeitaram no poleiro

a cantoria rasgou a noite

não sei quem dormiu primeiro.

Renan André
Enviado por Renan André em 14/02/2012
Reeditado em 14/01/2019
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