Quintal em Festa
Garimpei no seu quintal
sonhos e sorrisos
em prosa seminua
sem improvisos,
na roda semiaberta
sem imprevistos.
O choro da sanfona
anunciava o fim do dia,
peguei nela uma carona
embarquei na nostalgia...
Recordei a infância pobre
do chão de terra batida
o nome era de nobre
mas a vida foi sofrida...
Não sei se a lua vestia prata
ou um branco reluzente
a música era animada
quando em vez vinha mais gente,
o quintal estava em festa
nem fez falta a orquestra ausente...
As galinhas do terreiro
se ajeitaram no poleiro
a cantoria rasgou a noite
não sei quem dormiu primeiro.