Autocracia

Quando ele se viu sem o poder

Seu foro íntimo ditava conduta

Sem o juízo de norma e parecer

Acolhia a regra julgada a justa

Quantas obrigações desprezou

Quantas leis deixou de cumprir

Tudo que viveu sempre a exigir

Sem o poder agora ele sonegou

Se antes privilegiava os parasitas

Que sentados ao lado do trono

Sorviam cargos, anéis de ametista

Cobertos de louro, restos do dono

Eis agora o homem sem o mando

Sem pavimentar mais seu caminho

Desfez tudo que foi o seu desmando

Sem asseclas, recompôs o desalinho

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 14/02/2012
Código do texto: T3498542
Classificação de conteúdo: seguro