Sina...

haveria eu de sangrar

sangrar as pontas dos dedos

tanto faz se da alma ou joelhos

é carne, carne ao relento

carne a secar estirada

pendurada por cegas pinças

salgada, adulterada, curtida

em lágrimas, chuva sem água

no seco da garganta

travas, pontas afiadas

prisão de todos os gritos

recém nascidos ou antigos

um líquido a maturar olhos

ebulição em todos os poros

gota à gota jorrando feridas

aos que alguns chamam escritos

e nesse sangue escorrido

curativos sem um bem maldito

o riso, da mãe de todos os ritos

aquela que se diz, vida...

Almma
Enviado por Almma em 14/02/2012
Reeditado em 14/02/2012
Código do texto: T3498483
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