REVOLTA

Rir, num riso amargo,

quase cruel

rindo de tudo

de toda humanidade

rindo de si mesmo.

Rir, teu riso é estéril,

nada produz

e só você sabe

o quanto te custa

viver sorrindo

aos olhos dos outros

aparentemente feliz.

Não importa a dor

que estás sofrendo

há sempre um riso

nos teus lábios.

É a máscara que usas

no palco da vida

a onde representas

um feliz sonhador.

E tuas gargalhadas

ecoam no tempo,

são gritos de revoltas

angustias sofridas

a muito contidas.

Palhaço gratuito

quase humano

animal se tornou

vivendo entre feras...

Marcus Catão

Marcus Catão
Enviado por Marcus Catão em 14/02/2012
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