REVOLTA
Rir, num riso amargo,
quase cruel
rindo de tudo
de toda humanidade
rindo de si mesmo.
Rir, teu riso é estéril,
nada produz
e só você sabe
o quanto te custa
viver sorrindo
aos olhos dos outros
aparentemente feliz.
Não importa a dor
que estás sofrendo
há sempre um riso
nos teus lábios.
É a máscara que usas
no palco da vida
a onde representas
um feliz sonhador.
E tuas gargalhadas
ecoam no tempo,
são gritos de revoltas
angustias sofridas
a muito contidas.
Palhaço gratuito
quase humano
animal se tornou
vivendo entre feras...
Marcus Catão